O mercado da advocacia é muito voltado para empresas de grande porte, por ser um mercado mais lucrativo, o que acaba deixando as pequenas empresas sem o adequado suporte jurídico.
Por outro lado, a as pequenas empresas acreditam que não precisam de assessoria jurídica e quando precisam fazem uma contratação errada buscando no mercado advogados com pouca experiência e que não conhecem o “mundo dos negócios”, e muitas vezes querem “se livrar” do processo, até para receber mais rápido seus honorários, fazendo acordos pouco interessantes ao cliente.
As pequenas empresas, muitas vezes familiares, precisam de um serviço diferenciado visando o desenvolvimento sustentável com estrutura para competir no mercado, daí a necessidade de pequenas empresas se valerem de advogados empresariais.
A advocacia empresarial deve focar a prevenção de conflitos e pendências, e em havendo ação judicial buscar um acordo amigável favorável, evitando assim uma demanda judicial que, em geral, afeta negativamente o ânimo do empresário de pequeno porte.
Advogar para pequenas empresas requer uma visão humanista e sensível voltada à prevenção de litígios que em geral afetam negativamente o núcleo familiar do empresário com reflexos prejudiciais em seus negócios.
Ainda, nesta visão, cabe ao advogado empresarial evitar um atrito jurídico desnecessário, seja pelo prejuízo financeiro, seja pelo desgaste imposto ao cliente, em especial porque a decisão de propor um processo judicial deve ser conduzido pela razão e não pela emoção.
Assim, a ação conjunta prolongada entre o advogado empresarial e a pequena empresa gera um vínculo de confiança e que juntos encontram alternativas para prevenir futuros inconvenientes permitindo um sólido crescimento empresarial, exatamente porque o advogado compreende o negócio de seu cliente e ainda o perfil do pequeno empresário.
Por questão cultural, financeira ou até mesmo desconhecimento, o brasileiro não gosta de contratar advogado e nem seguro de vida, diferentemente dos norte americanos que estão sempre preparados para os infortúnios.
Entretanto, atualmente a questão financeira já não pode ser considera impedimento para a contratação de assessoria jurídica empresarial pois não são poucas as bancas de advogados em que seus honorários são compatíveis com os custos de um contador, viabilizando assim que pequenas empresas tenham acesso a serviços jurídicos de qualidade.
ROSANA FIGUEIREDO LINO
Rabelo & Figueiredo Lino